Todas as 17 crias nascidas este ano no Centro Nacional de Reprodução de Lince Ibérico (CNRIL), em Silves, continuam saudáveis. Cinco destas crias pertencem a uma única ninhada, sendo este considerado “um caso extremamente raro em cativeiro”, segundo Rodrigo Serra, o veterinário e diretor do CNRIL.
De facto, esta é a primeira ninhada de cinco crias de que há registo desde o início do programa de reprodução em cativeiro. Apenas em um dos quatro centros de reprodução situados em Espanha não nasceram crias. Do total de 53 crias nascidas esta temporada, 44 sobreviveram.
A reprodução em cativeiro surgiu como uma medida extrema para tentar evitar a extinção do lince ibérico, a espécie de felino mais ameaçada do mundo. Em 2011, estimou-se que o efetivo populacional da espécie era de 298 indivíduos.
A criação de animais em cativeiro visa o reforço das duas únicas populações em estado selvagem, em Doñana e na Serra de Andújar, na Andaluzia, e a recuperação das populações que existiam em Portugal, na Extremadura espanhola e em Castela-La Mancha, no âmbito do projeto ibérico LIFE Iberlince (2011-2016).
Fonte: Público