Autoridades tentam capturar em Barcelona lince-ibérico libertado em Portugal

Lince-ibérico - Lynx pardinus - Alfonso Moreno - WWF

Técnicos veterinários da Catalunha estão a tentar capturar o lince-ibérico “fugido” do Alentejo para tentarem repô-lo no seu habitat natural. O lince-ibérico é uma espécie protegida por estar em vias de extinção.

Técnicos veterinários vão montar esta segunda-feira (4 de junho) quatro gaiolas na área metropolitana de Barcelona para tentar capturar um exemplar de lince-ibérico libertado inicialmente em Portugal em 2015 e detetado na semana passada nesta região da Catalunha.

Fonte dos serviços do departamento catalão de Agricultura disse à agência Lusa que os técnicos veterinários querem substituir a coleira no animal com o dispositivo de localização (GPS) avariada e depois libertá-lo novamente, muito provavelmente na região do Guadiana, ainda não se sabe se em Espanha ou em Portugal.

O animal foi visto e fotografado por “Agentes Rurais” do Governo da Catalunha a 29 de maio último e também durante o último fim de semana num bosque na área metropolitana de Barcelona, não tendo sido revelado o local exato para evitar a deslocação de curiosos. Tratou-se da primeira vez que foi detetado um exemplar de lince-ibérico, em perigo de extinção, na Catalunha desde o início do século XX, segundo as mesmas fontes. O animal identificado chama-se Litio, um macho nascido em 2014 no centro de criação em cativeiro de Acebuche, na província de Huelva (Espanha), que foi em seguida capturado em 5 de maio 2016 na quinta Gibraleon (Huelva) depois de terem sido observadas carências na sua adaptação ao meio ambiente.

Após um período de recuperação voltou a ser libertado na região do Vale do Guadiana em Portugal, em 2015, tendo poucos dias depois o sinal de GPS deixado de emitir a posição do animal. A captura e posterior libertação do lince é liderada por técnicos do projeto Life Iberlince, em que participam Portugal e Espanha, que tem como objetivo a recuperação da distribuição histórica da espécie através da sua reintrodução no seu habitat inicial. Os trabalhos de conservação desenvolvidos já permitiram passar o número de animais de 94 exemplares em 2002 para 589 no último censo feito em 2017.

Fonte: Expresso

 

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