Parece um gato e um urso ao mesmo tempo. Um guaxinim mas sem riscas e sem máscara. Há quem o descreva também como uma mistura entre um ursinho de peluche e um gato doméstico.
Segundo os cientistas, o olinguito habita há anos as florestas do Equador e da Colômbia. Mas só agora foi identificado porque antes era confundido com o parente mais próximo, o olingo, nativo das florestas tropicais da América Central e da Amazónia.
O instituto norte-americano Smithsonian examina há uma dezena de anos centenas de espécimes dos olingos. Desta vez, um dos curadores do instituto, ao abrir uma das muitas gavetas com peles e ossos, reparou em peles de vermelho intenso, olhou para os crânios e não reconheceu a anatomia.
Chamaram-lhe olinguito – nome científico Bassaricyon neblina – e é uma descoberta rara no século XXI. É, aliás, o único carnívoro descoberto nos últimos 35 anos.
Carnívoro não porque coma carne, pois a base da sua dieta é fruta, embora também coma insectos, mas porque se trata de um animal da ordem Carnivora à qual pertencem os gatos, os cães e os ursos. O olinguito vem assim juntar-se à lista de 1,3 milhões de espécies que habitam o planeta Terra e já catalogadas pelos cientistas.
Uma descoberta importante que, ainda assim, não deixa de ser ensombrada por uma informação menos boa: os cientistas estimam que 42% do habitat natural do olinguito nos Andes já foi dizimado pela intervenção humana, para construção ou agricultura.
Fonte: Público