O Servicio de Protección de la Naturaleza da Guardia Civil acusou dois caçadores de matar a tiro um lince no Espacio Natural de Doñana em cujo cadáver, descoberto no passado dia 1 de Agosto no limite de uma propriedade no município de Aznalcázar, se encontraram 32 fragmentos de chumbo de um cartucho que dispararam contra ele, segundo determinou a necrópsia realizado pelo Centro de Análises y Diagnóstico da Junta de Andalucía.
A organização ecologista WWF, em declarações a ELMUNDO.es, exige que a Consejería de Medio Ambiente se apresente em tribunal “o mais depressa possível” como queixosa no processo aberto contra os caçadores acusados e, desta forma, cumpra a palavra do conselheiro José Juan Díaz Trillo, que classificou como “acto vil” e “assassinato contra a Natureza” a morte a tiro deste exemplar de lince-ibérico.
“A Junta afirmou que se apresentaria como queixosa no tribunal quando fosse aberto o processo e que todo o peso da lei cairia sobre os autores desta morte e isso é o que queremos, que a Junta ponha os seus advogados a trabalhar”, afirmou Juan José Carmona, o responsável pelo gabinete da WWF que responde por Doñana.
Paralelamente, a plataforma conservacionista pediu às associações de caçadores da comarca de Doñana que também se apresentem em tribunal e assim deixem claro “que estão contra estes espingardeiros”.
Deste modo, e segundo Carmona “os caçadores têm uma boa oportunidade para provar que rejeitam estas práticas e para mostrar o trabalho que realizam diariamente na conservação do do lince-ibérico em Doñana”.
A Federación Andaluza de Caza já revelou sua “total repulsa pela morte a tiro deste exemplar de lince” e condenou este tipo de acções assegurando que “aqueles que cometem este tipo de actos inscrevem-se na categoria de delinquentes e, nunca, na de caçadores”.
Resposta do Conselheiro
A junta de Andalucía ainda está à espera que os seus serviços jurídicos indiquem “qual o momento mais adequado” para apresentar-se em tribunal na acção legal movida contra os dois acusados de um delito contra a fauna e flora silvestres, embora “se tenha que esperar que se recolha toda a documentação” por parte dos serviços jurídicos da Administración Andaluza.
Deste modo, o conselheiro mostrou-se surpreendido que a organização ecologista WWF tenha pressionado a Junta a dar este passo nos tribunais e recordou que a Consejería de Medio Ambiente colaborou “desde o primeiro minuto” com o Servicio de Protección de la Naturaleza da Guardia Civil (Seprona) na investigação.
Fonte: El Mundo