O tigre da Sumatra, considerado criticamente em perigo, pode ser ainda mais raro do que se pensava, revela um estudo publicado na revista Oryx. Investigadores da Universidade Virginia Tech e da WWF Indonésia usaram armadilhas fotográficas para estimar a sua densidade populacional no Parque Nacional Tesso Nilo em zonas e habitats não-amostrados previamente.
“Encontrámos uma baixa população de tigres nesta área, mesmo com abundância de presas” disse o principal autor do estudo. “Acreditamos que o baixo índice de deteção de tigres na área de estudo é resultado do elevado nível de atividade humana – agricultura, caça, armadilhas e coleta de produtos florestais“. Descobriram ainda que as densidades noutras zonas da Sumatra podem estar sobreestimadas, sendo na realidade apenas metade dos valores estimados anteriormente.
Os resultados parecem indicar a importância de manter grandes blocos de floresta protegida, como este Parque Nacional. Vastas áreas de habitat do tigre da Sumatra foram convertidas em plantações de óleo de palma e celulose. Entre 1990 e 2010, a Sumatra perdeu 36 % da sua cobertura florestal nativa e, hoje, pensa-se que menos de 400 tigres da Sumatra sobrevivam na Natureza. A Indonésia pode até já ter perdido duas sub-espécies de tigres para a extinção: o tigre de Bali extinguiu-se em 1937, enquanto que o último avistamento do tigre de Java ocorreu na década de 1970.
Fonte: The Guardian