A gruta de Cerro de los Batallones descoberta em 1991, a cerca de 30km de Madrid, revelou conter mais de 18000 fósseis de animais, dos quais 98% pertencentes a mamíferos carnívoros, incluindo tigre-dentes-de-sabre, hienas e o extinto cão-urso. O novo estudo publicado na revista PLoS ONE revela que ao contrário das várias espécies de carnívoros encontradas nesta gruta, as espécies herbívoras só ocasionalmente ficavam encurraladas.
Durante o final do Miocénico (há cerca de 9 a 10 milhões de anos) felinos, mustelídeos e hienas, entre outros, terão entrado intencionalmente dentro da gruta para se alimentarem de animais já encurralados ou mortos e atraídos pela disponibilidade de água. Uma vez dentro da gruta os animais não terão conseguido sair, acabando por morrer. Com o passar do tempo e nomeadamente durante períodos de cheias a gruta terá sido preenchida com detritos que terão disposto e enterrado as ossadas.
Durante a fase mais recente de deposição de ossadas a gruta terá deixado de ser uma armadilha para os carnívoros sendo mais frequente encontrar ossadas de espécies herbívoras, nomeadamente espécies ancestrais dos atuais elefantes, girafas e rinocerontes.
Fonte: Natural World News