Investigadores estudam o cérebro de carnívoros sociais

Coati

Um grupo de investigadores da Michigan State University revelou que a região do cérebro que torna os humanos e os outros primatas animais sociais pode ter um papel semelhante nos carnívoros. Sharleen Sakai, professora de neurociências, estudou hienas-malhadas, leões e, mais recentemente, guaxinins e descobriu uma correlação entre o tamanho do córtex frontal dos animais e a sua natureza social.

O presente estudo, publicado na revista Brain, Behavior and Evolution, examinou os cérebros, recreados digitalmente, de três espécies da família Procyonidae – o guaxinim, o quati e o jupará. Os investigadores descobriram que o quati possui o maior córtex frontal dos três. Confirmou-se assim a suspeita de que o córtex frontal regula a interação social, sendo que o quati é sem dúvida o mais social dos três animais, geralmente vivendo em grupos com 20 ou mais indivíduos.

O córtex frontal mais pequeno foi encontrado nos guaxinins, que são os mais solitários dos três animais. O guaxinim apresenta também o maior cérebro posterior – parte do cérebro que contém a área sensorial relacionada com a sensibilidade da pata dianteira e destreza. Efectivamente, os guaxinins são conhecidos por serem extremamente hábeis.

Sakai referiu ainda que as variações no tamanho do cérebro nesta pequena família de carnívoros parecem estar relacionadas com diferenças comportamentais, incluindo a interação social.

Fonte: redOrbit