Lince-ibérico Lítio está de novo à solta

Lince-ibérico - Lynx pardinus - ICNF

Lítio, um lince-ibérico macho, foi solto pela terceira vez na zona do Vale do Guadiana pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). O felino tinha sido capturado em 6 de junho em Barcelona depois da coleira de geolocalização ter deixado de emitir sinal. Desde segunda-feira que está novamente na natureza, cumprindo o acordo entre Portugal e Espanha, os dois países envolvidos no projeto de “Recuperação da Distribuição Histórica do Lince-Ibérico”.

O lince-ibérico, nascido em 2014, foi libertado pela primeira vez em maio de 2015, nas proximidades de Mértola. “Um ano depois, em maio de 2016, depois da coleira de que era portador ter deixado de emitir sinal, foi localizado na zona de Huelva, em Gibraleón”, recorda o ICNF numa nota de imprensa.

Após ter sido de novo libertado, o problema repetiu-se. “A nova coleira funcionou até ao início de 2017, tendo o último sinal emitido permitido localizá-lo no Algarve, nas proximidades de Portimão”, esclarece o organismo responsável. Em junho passado foi localizado em Barcelona, o que causou surpresa devido à grande distância que percorreu. Foi entregue, no mesmo mês, ao INCF que o libertou agora.

Antes, Lítio “foi submetido a um conjunto alargado de análises, no Centro de Recuperação de Fauna Silvestre de Torreferrusa, em Santa Perpètua de Mogoda (Barcelona), pelos técnicos e veterinários do Centro de Recuperação Catalão e da Equipa Andaluz para o seguimento do lince-Ibérico, do qual resultou um diagnóstico plenamente favorável quanto ao seu estado de saúde”, revela o INCF. Após uma passagem pelo Centro de Recuperação “El Blanqueo”, de Granada, voltou a Portugal.

O lince-ibérico é um dos mamíferos carnívoros em maior risco de extinção na Europa e este projeto ibérico, com apoios comunitários, pretende assegurar a manutenção da espécie. “Fruto das ações de conservação destes programas, em 2016 contabilizaram-se mais de 400 linces em estado selvagem (Espanha e Portugal)”, lê-se no site do projeto Iberlince.

Fonte: DN

 

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