Há quatro novas crias de lince-ibérico em Silves

Lince-ibérico - ICNF

Nasceram quatro crias de lince-ibérico no passado domingo no âmbito da nova temporada de partos no centro nacional de reprodução daquela espécie, em Silves. Na semana passada, já tinham nascido as primeiras três crias do ano.

Uma semana depois do anúncio das primeiras três crias do ano de lince-ibérico, o Centro Nacional de Reprodução de Lince Ibérico (CNRLI) divulgou nesta sexta-feira, no seu portal oficial na Internet, o nascimento de mais quatro crias, no âmbito do programa ibérico de conservação desta espécie ameaçada. Também o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) emitiu um comunicado dando conta de que as crias nasceram no domingo 6 de março.

O número de crias da fêmea Fruta é considerado elevado para uma ninhada, sendo a média de duas crias por gestação. As quatro crias mais novas juntam-se agora às três de Artemisa, nascidas a 3 de março, e encontram-se “aparentemente bem e seguem o desenvolvimento normal”, assegurou o instituto.

Jabugo, um lince de 4 anos de idade, foi o macho utilizado no processo reprodutivo. Chegou a Silves em meados de 2014 vindo do Centro Cría del Lince Ibérico El Acebuche, em Doñana, na região de Andaluzia, em Espanha, e foi agora pai pela primeira vez. A progenitora Fruta é, sublinha a revista digital Wilder, “um lince especial” e um “caso único até ao momento no Programa de Cría del Lince Ibérico”, já teve seis partos em Silves, de que resultaram no total 21 crias. E em 2013 já tinha gerado cinco filhos.

A reprodução em cativeiro, em Silves, considerada a melhor maternidade para o lince-ibérico, iniciou agora mais uma época de partos, nos cincos centros, entre Portugal e Espanha, que fazem parte do sistema de reprodução da espécie. A mesma revista avança que foram definidos 23 casais de linces, seis dos quais foram emparelhados em Silves. Neste ano, espera-se que nasçam entre 28 a 40 crias, sendo a maioria depois libertada e reintroduzida na natureza em 2017.

O lince-ibérico (Lynx pardinaus) é uma espécie considerada “em perigo”. Em 2015 nasceram 61 crias, das quais 45 foram reintroduzidas na natureza para reforçar e criar novos grupos populacionais.

Fonte: Público

 

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